No dia 1 de janeiro o vereador Adilson Abrucêz (PSDB)tomou posse como novo presidente da Câmara Municipal de Jaguariúna, posição que ocupará no próximo biênio e que já ocupou anteriormente, em 1993 e 1994. Apesar de já estar na cadeira, os trabalhos efetivos terão início somente no dia 3 de fevereiro, às 19h30, quando se dará a primeira Sessão Ordinária pós-recesso.
No dia 1 de janeiro o vereador Adilson Abrucêz (PSDB)tomou posse como novo presidente da Câmara Municipal de Jaguariúna, posição que ocupará no próximo biênio e que já ocupou anteriormente, em 1993 e 1994. Apesar de já estar na cadeira, os trabalhos efetivos terão início somente no dia 3 de fevereiro, às 19h30, quando se dará a primeira Sessão Ordinária pós-recesso.
Ao lado de Adilson, tomaram posse, compondo a Mesa Diretora, o vice-presidente Neguita Torres (PC do B), Bozó (PTB) como 1º Secretário e Romilson Nascimento (PV) como 2º Secretário. Eleito vereador em 2012 com 555 votos, Adilson ocupou nos dois primeiros anos de mandato a vice-presidência da Casa. Agora, como figura principal do Legislativo, terá pela frente o duro trabalho de apagar inevitáveis resquícios deixados pela acirrada eleição da Mesa, uma das mais disputadas dos últimos anos na cidade. Também ficou para o novo presidente a necessidade de trazer à Câmara as reformulações clamadas não somente pela população, mas por parte dos vereadores. Esses desafios, porém, não parecem preocupá–lo e ele se diz otimista em uma melhora de cenário nos próximos dois anos.
“Estou pronto para ocupar essa cadeira, mas não vejo grandes dificuldades ou a necessidade de uma mudança substancial. Acredito que o principal desafio do presidente é manter a harmonia entre os vereadores sem que a Câmara perca a diversidade das opiniões. Temos que respeitar essas diversidades. Cada vereador tem o direito de votar com o seu próprio pensamento. Tenho consciência que muitas vezes na hora do debate os ânimos acabam se exaltando, mas a função do presidente é garantir que o regimento seja cumprido, controlando para que não haja excessos”, afirmou Abrucez, deixando claro que não se sente acima dos demais vereadores por ocupar tal função.
No que se refere às rusgas provocadas pelo pleito realizado no final do último ano e os caminhos para tentar aparar as arestas, visando o bom andamento dos trabalhos da Casa, o novo presidente parece não ter pressa e adota a estratégia de “dar tempo ao tempo”. Questionado se já buscou o diálogo, principalmente com os membros da chapa derrotada na eleição, ele se diz aberto a todos, sem exceção. “Estou fazendo esse contato conforme as oportunidades vão se abrindo, isso para não parecer um comando. A ideia é deixar todos à vontade para conversar. Garanto que a Mesa estará sempre à disposição para os vereadores que sentirem a necessidade de fazer qualquer reivindicação”, explicou.
Outro desafio do novo comandante se refere a recuperação do prestígio da Casa perante à população, que, nos últimos anos, muito vem questionando sobre o quão independente seriam os vereadores. As reclamações tiveram início ainda na Legislatura anterior, quando a ampla base governista dava “carta branca” para que o Executivo tomasse as decisões, mesmo que elas afetassem diretamente os anseios das pessoas. Nas urnas, os jaguariunenses mostraram a total desaprovação quanto a esse comportamento, reelegendo apenas três nomes de uma Legislatura para outra.
Porém, o cenário que se vê atualmente não traz grandes mudanças e as críticas sobre possíveis intervenções do Executivo na Casa ganharam proporções ainda maiores, principalmente com a entrada de Fred Chiavegatto (PTB), filho do prefeito Tarcísio Chiavegatto (PTB) como presidente. Para Abrucez, entretanto, a afirmação que o parentesco entre o presidente da Câmara e o prefeito influenciou em alguma decisão tomada nos dois primeiros anos não é válida. “O fato do Fred ser filho do prefeito não influenciou em nada. As pessoas devem lembrar que o presidente da Câmara só tem direito a voto em qualquer projeto quando dá empate, que é o chamado voto de minerva. Pelo que me lembro ele foi obrigado a desempatar no máximo duas ou três vezes nesses primeiros dois anos. Assim, a influência do presidente é mínima”, afirmou e completou: “Costumo dizer que os vereadores foram eleitos para cuidar do interesse público. Só que o eleitorado deu esse mesmo direito ao prefeito.
As funções coincidem muito e às vezes parece que tudo que chega na Câmara está sendo aprovado. Não é uma realidade. A maior parte dos projetos são burocráticos e necessários para a governabilidade. Enquanto isso, nos projetos polêmicos, o prefeito tem mantido a postura de realizar reuniões com todas as bancadas antes das votações, inclusive com a presença dos secretários, para discutir os motivos”. Independência Sobre mudanças efetivas que pretende adotar no andamento da Casa, visando facilitar o trabalho dos vereadores e dar mais transparência aos trabalhos.
Este ano o Legislativo terá menos dinheiro do que o ano passado, tendo que trabalhar com uma verba de R$ 4,5 milhões. Por outro lado, informações obtidas pela Gazeta dão conta que a Casa economizou e devolveu ao Paço Municipal no ano passado por volta de R$1,1 milhão da verba que tinha recebido e acabou não sendo usada, valor esse mais que suficiente para a implantação de algumas melhorias e até a possível concretização da chamada TV Câmara, que daria a tão sonhada transparência à Casa. “Ainda não tenho idéia da tecnológica que é usada, como ela (TV Câmara) seria colocada em prática e o custo. Temos que ir atrás de um apoio técnico para saber disso. O importante é saber que o dinheiro que é repassado pela Prefeitura está sendo bem gasto, o que traz mais tranquilidade para pensarmos em melhorias”, conclui o novo Presidente.
Matéria veiculada no Jornal Gazeta Regional em 17 de janeiro de 2015
Jornalista: Thiago Martinez