O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas caiu 22 pontos em abril, para 58,2 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em setembro de 2005. Até então o mínimo histórico tinha sido o registrado em dezembro de 2015, quando chegou a 64,9 pontos.
Segundo o levantamento, houve perda de confiança para consumidores em todas as classes de renda, principalmente para famílias de menor poder aquisitivo (até R$ 2,1 mil).
“Com o Covid-19 e as medidas de isolamento, consumidores percebem a piora da situação econômica do país e o quanto isso afeta suas condições financeiras nesse momento. O pessimismo em relação aos próximos meses é homogêneo entre as diversas classes de renda e isso faz com que todos coloquem o pé no freio em relação ao consumo, mantendo apenas os gastos com bens e serviços essenciais para a família. É difícil ainda enxergar uma melhora significativa nos próximos meses, dado o nível elevado de incerteza econômica e política”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens da FGV.
Segundo o levantamento, tanto as avaliações sobre o presente quanto as expectativas em relação aos próximos meses se deterioraram em abril. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 10,5 pontos, para 65,6 pontos, o menor nível desde dezembro de 2016 (64,8 pontos), enquanto o Índice de Expectativas (IE) despencou 28,9 pontos para 55,0 pontos, o menor valor da série histórica.