O Ministério da Saúde, o governo estadual e a Secretaria Municipal de Saúde de Jaguariúna, com apoio da Câmara Municipal de Jaguariúna, estão orientando a população com relação a diversos boatos que começaram a circular na internet sobre o novo coronavírus. “Novo coronavírus causa pneumonia de imediato”, “Coronavírus veio do inseticida”, “Chá de erva doce e coronavírus”, “Medicamentos eficazes contra o novo coronavírus”, entre outras notícias falsas já foram desmentidas.
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Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério da Saúde está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não é um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.
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Em Jaguariúna, todas as informações sobre a pandemia são divulgadas no site oficial do municipio, no endereço https://jaguariuna.sp.gov.br/coronavirus/. Além disso, o prefeito Gustavo Reis tem atualizado, diariamente através de lives nas redes sociais, os números sobre a doença na cidade. Boletins, também diários, são disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde.
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As redes sociais estão na origem do fenômeno das fake news. Em 2003, no surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês), não havia nenhuma das mais importantes redes sociais de hoje. Em 2009, na última grande epidemia global, a da gripe H1N1, elas ainda iniciavam a expansão global. O Facebook tinha 500 milhões de usuários, ante 2,3 bilhões agora. O Twitter tinha menos de 100 milhões de usuários e hoje tem mais de 300 milhões. O Whatsapp foi criado naquele ano – e hoje tem 2,2 bilhões de usuários.
Entre 22 de janeiro e 5 de março, foram recebidas e analisadas pelo Ministério da Saúde nove mil mensagens – 90% delas sobre o novo coronavírus. Após confirmar o primeiro caso no Brasil, “as mensagens aumentaram significativamente”. Só entre 28 de fevereiro e 1º de março, o canal recebeu 4 mil mensagens – 85% falsas.
Veja algumas das mentiras mais comuns sobre o novo coronavírus que circulam nas redes sociais:
- O novo coronavírus foi desenvolvido em laboratório por cientistas chineses que pretendiam usar o vírus como uma arma biológica
- O novo coronavírus teria sido manipulado geneticamente e teria uma estrutura similar ao do vírus HIV, que causa a Aids.
- Chá de abacate, hibisco, lança perfume e uísque seriam algumas das substâncias capazes de prevenir a infecção
- Produtos importados da China estariam trazendo o vírus para o Brasil.
- O papa Francisco está com coronavírus (há registro de um infectado no Vaticano, mas o pontífice foi testado, com resultado negativo, para a doença).
Dicas para identificar as fake news:
- Muitos sites de fake news têm nomes parecidos com sites de notícias. Avalie o endereço e verifique se a fonte é confiável
- Sites de fake news costumam apresentar erros de português e uso exagerado de pontuação
- Leia toda a notícia. Nem sempre o título condiz com as informações do texto
- Duvide se você receber uma notícia bombástica que não está em outros sites de notícia
Em períodos de comoção social, como o que estamos vivendo, é imprescindível a cautela no recebimento e, principalmente, no compartilhamento de informações. As fake news podem ser até mais perigosas que o próprio coronavírus.