Vereadores das 20 cidades que compõem a RMC (Região Metropolitana de Campinas) criaram a Frente Parlamentar Regional em defesa do Hospital Estadual de Sumaré. Afonso Lopes da Silva, o Silva, presidente da Câmara Municipal de Jaguariúna, também integra a frente, que visa solicitar a manutenção dos investimentos no HES (Hospital Estadual de Sumaré) “Dr. Leandro Franceschini”.
Um corte de 6,5% no orçamento 2021 do Hospital Estadual de Sumaré vai provocar quase 100 demissões, suspensões de pelo menos 7 mil exames, 17 mil consultas e 4,5 mil cirurgias ambulatoriais, além dos fechamentos do serviço de oftalmologia, da enfermaria e urgência referenciada de pediatria, segundo a Diretoria Executiva da área da saúde da Unicamp.
No documento, a Frente Parlamentar afirma que “o HES é considerado um dos 10 melhores hospitais brasileiros conveniados ao SUS, segundo levantamento do Ministério da Saúde envolvendo 5.656 unidades hospitalares no país. Seu pleno funcionamento permite uma expressiva redução das demandas de atendimentos no complexo hospitalar da Unicamp e dezenas de outros hospitais públicos da RMC”.
Segundo Afonso Lopes da Silva, é fundamental essa união de esforços na esfera parlamentar para auxiliar as discussões sobre a manutenção dos aportes financeiros ao hospital. “Diversos pacientes da região, inclusive Jaguariúna, utilizam os serviços do HES. Reconheço que vivemos uma crise financeira, agravada pela pandemia, mas é exatamente essa situação, de crise sanitária, que nos leva a lutar para que os recursos não sejam cortados”, ressaltou.
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Ao todo, 24 vereadores assinaram o manifesto, que será encaminhado ao gabinete do governador João Dória. Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde diz que a assistência à população da região está garantida, sobretudo quanto aos atendimentos de urgência e emergência. A assessoria defende que o foco da pasta é salvar vidas neste momento de “recrudescimento da pandemia de Covid-19”.